Seis dias apos a nossa chegada conseguimos, finalmente, ter tempo e condiçoes para escrever as nossas primeiras impressoes acerca da nossa estadia aqui em Moçambique. Saimos do Porto, sexta feira, na companhia do Tiago Roquette com uma bagagem carregada de ansiedade e com muita vontade de começar a trabalhar. A viagem foi tranquila e preenchida com muitas horas de sono fazendo com que as nossas baterias tenham chegado carregadas a Maputo onde fomos recebidos pelo Padre Jorge. Mal chegamos a sua casa encontramos um maravilhoso estufado e uma deliciosa papaia que nos deixou com uma enorme vontade de fazer uma sesta. Mas não… umas bricadeiras com as crianças que estavam na sua casa e depois uma visita a escola e ao centro de dia ocuparam nos a tarde. Mais umas bricadeiras e mais um jantar fantastico mandaram-nos para a cama bem satisfeitos. Domingo assistimos a um baptismo colectivo de tres horitas na Paroquia do Bairro do Aeroporto onde fomos brindados com uma serimonia religiosa de discurso directo e efectivo acompanhada de muita musica e dança bem ao estilo africano e muito pouco ao estilo retrogado e moral das cerimonias europeias. A tarde foi passada com um passeio de jipe pela cidade de Maputo e com conversas variadas. Segunda feira e terça de manha estivemos, juntamente com os voluntarios de Maputo, a trabalhar nas obras em que eles estao inseridos onde, entre outras coisas, demos uma ajudinha na pintura do muro da escola.
A tarde de terça feira foi passada no aviao a viajar para a tao esperada cidade de Quelimane! No aeroporto fomos recebidos pela Rita, pela Salete e pela Irma Lidia que nos trouxe ate a Casa Esperança, local onde vamos residir e fazer grande parte do trabalho. A recepçao foi calorosa e finalmente algumas saudades poderam ser ultrapassadas. Uma noite muito bem passada e um acordar bem cedo com o barulho das crianças abriu nos as portas para um optimo primeiro dia que foi preenchido com trabalho para o PtaD, explicaçoes de matematica e compras para a casa. As sensaçoes dos dois foram diferentes, para mim foi magnifico recordar os sitios, as pessoas, os cheiros e para a Raquel tudo era novidade e a comparaçao com o mundo ocidental era constante. Pela noite e para finalizar o dia magnifico fizemos um animado jantar de despedida para a Salete que contou, entre outras coisas, com ameijoa, camarao e bolo. Agora que já assentamos em Quelimane prometemos escrever com maior regularidade.
PS – aqui em Quelimane os meios informaticos nao ajudam e devido a isso o texto nao tem alguns acentos e ifens.
Cumprimentos a todos,
Tiago Durana Pinto e Raquel Pinho
Foi bom ler as vossas notícias e passar os olhos pela foto que regista o vosso jantar de despedida á Salete. Não passaram assim tantos dias após a vossa partida mas já soube bem rever-vos. Sente-se nas tuas palavras o habitual entusiasmo de quando falas dessa terra, dessa gente e, principalmente, dessas crianças. Esperamos que, mais uma vez, concretizes esse teu sonho solidário que tanto te ajudado a crescer como ser humano. Dá um beijo á Raquel e outro á Rita.
Até ao teu próximo contacto.
Pai