Uma aventura…como seria de esperar. Até panelas tínhamos aos nossos pés.
Nas 7 horas de viagem foi proibida a mais pequenina sesta, era tempo de conviver, cantar as nossas queridas músicas moçambicanas e como não podia deixar de ser, aproveitar para tirar umas belas fotografias às diferentes paisagens que percorremos nesses 600 klms!
Pedimos ao Amílcar para quando tivéssemos a chegar por a música do “patrão”! Ainda tivemos mais caminho para andar…fizemos compras na cidade de Inhambane até que a chegada à praia do Tofo é anunciada pela tão esperada música! Esta música não é para qualquer altura!!
Finalmente chegamos! Foi um respirar fundo de todos nós! Com o carro em cima da praia só restou correr para a água! Já era tarde, só o Guilherme teve coragem de saltar lá para dentro!
Estávamos todos encantados mas ainda sem sítio para dormir. O Melo, o “patrão” (Amílcar) e Dadinho seguem à procura de uma casa para ficarmos.
Ficamos os restantes a guardar a carrinha que vinha carregada até cima. Chegam os três pouco tempo depois já com casa alugada. Saltamos todos para dentro da Toyota.
A surpresa foi geral. Não podíamos ficar melhor instalados.
Já acomodados seguimos rumo ao restaurante local para satisfazer ( ou não!) a nossa larica… Camarões para quase todos… As nossas barrigas ficaram a pedir mais!
Uma voltinha e é tempo de ir dormir. A praia era para aproveitar!
É Sábado e acordamos com a notícia de que o Melo e o Fernando tinham feito o obséquio madrugar para termos um bom almoço. Sim, ainda todos pedíamos algo que calasse o estômago. Dito e feito, trouxeram umas lulas compradas na praia. Ao almoço foram as ditas grelhadas! Soube pela vida!
A praia de manhã foi óptima mas à tarde foi ainda melhor! O mar é quente, a maré já estava vaza e nenhum de nós resistiu a uns bons mergulhos!
Como por cá anoitece bem cedo (por volta das 17h30) , cedo fomos para casa. Tomar “aquele” banho de fim de tarde depois de uma dia de praia sabe pela vida!
Estamos todos relaxados na varanda quando finalmente chega o nosso “herói de estrada” (moçambicana pelo menos, dadas as peripécias, aventuras, etc)!
O Tiago ansiava por um banho e assim o fez! Desafiou uns atrás dos outros e lá foram dar um grande mergulho na piscina!! A fome apertava e desta vez fomos jantar uma pizza!
Dirigimo-nos ao restaurante/bar/discoteca local, a 10m a pé da nossa casa para morder a tal pizza que nos deixava com água na boca há várias horas (pelo menos a mim…). Depois de um jantarzinho agradável a ouvir as histórias do Tiago, sobre todos os chapas podres em que andou, teorias relacionadas com o controverso tópico “porque é que as mulheres não deviam conduzir” e com a reformulação da gramática Portuguesa (que por sinal foi apresentada por um moçambicano, que por sua vez também nos apresentou uma teoria que diz que “2+2=5”) dirigimo-nos de volta aos nossos fantásticos aposentos, aonde ficamos a conversar durante horas a fio. Um a um os voluntários iam-se deitar, mesmo aqueles que diziam “ah e tal, porque eu não me vou deitar hoje…”
Claro está que acabamos por adormecer todos; Uns na sala, outros nos quartos. A alvorada era às 7h, para sairmos cedinho da fantástica praia de “Tofo” de volta a Maputo para mais uma semaninha de trabalho, com tempo para um mergulho no Índico.
Foi por volta das 12:30h que finalmente chegamos a um consenso: Íamos ter permanecer mais uma noite em Tofo, enquanto um sobrinho do Amílcar (o motorista) nos trazia uma chave suplente do carro que nos transportava. Misteriosamente um molhe de chaves, na qual estavam incluídos o alarme e a chave do carro, tinha desaparecido momentos após a chegada do Tiago a Tofo… De facto nesta altura já os mais cépticos estavam de acordo: O Tiago não se dá bem com os transportes rodoviários de Moçambique!
Ainda foi posto em questão o roubo das chaves, mas como o principal suspeito era um pastor alemão já de certa idade não tínhamos elementos credíveis, o que nos fez optar pela questão da bruxaria “Tiaguiana”.
Aproveitamos sabiamente o dia extraordinário que nos havia sido concedido de forma proveitosa: Outra pizza no “Dino’s” em cima da praia, e uma fantástica refeição de Amêijoas, cozinhadas pela Catarina…Considerando a situação aquelas amêijoas souberam extraordinariamente bem! Não só pelo fantástico sabor, mas por tudo o que acompanhou: O ambiente, a companhia, o local e claro, o pãozinho com o molho das ditas…
Eram 4:30h da manhã e estávamos a partir da praia de “Tofo”
Com tanta animação na carrinha foi difícil manter-me acordado portanto tinha perfeita noção de que se não arranjasse um passatempo iam ser 7 longas horas, mais parecidas com 14. Posso confessar que foi sem dúvida um passatempo produtivo que consegui encontrar: Anotar nomes das músicas que iam tocando e tentar, sim tentar, compreender a letra ou significado. Ainda hoje as músicas da “Dama do Bling” me deixam de pêlos eriçados! Que nervos de mulher!
Ao fim quase 6h fizemos a primeira paragem da viagem, para esticar as pernas e trocar de lugares. A minha função agora era outra: Descansar! Claro estava que o Tiago e o Filipe não iam permitir que tal acontecesse, o que se verificou de facto…
Por volta das 12h30m estávamos à mesa de casa do
Catarina e Guilherme
Good blog, like kirai's one!
Besos from Spain 🙂