Finalmente chegaram as 4 da manhã, hora de se abrirem as portas, e logo começou os normais empurrões para entrar
O condutor mete a 1ª velocidade, larga a embraiagem e o motor vai abaixo, neste momento todos os passageiros se riam e gozavam com o condutor dizendo: “O motor caiu”. A segunda tentativa o machibombo arrancou mas quando o condutor engatou a 2ª velocidade esta saltou logo fora. Começava-se a prever uma viagem comprida e repleta de aventuras.
A viagem continuou, numas alturas mais devagar noutras bastante mais depressa e nós os 5 praticamente sem conseguirmos dormir. Fizemos várias paragens durante as quais os típicos vendedores de rua tentavam vender tudo e mais alguma coisa pela janela do machibombo, pessoas a comprar fruta, refrescos, galinhas, tomates e bolachas eram uma constante em todas as paragens. Quando nos começamos a aproximar de Mocuba (local onde o Pedro e a Alexandra iriam sair para puderem apanhar outro machibombo até Milange),
estes mais o Teles começaram a “tentar” aproximar-se da porta para convencerem o cobrador a dar-lhes as malas. Gera-se alguma resistência mas ao fim de algum tempo lá acabou por dar.
O resto da viagem foi correndo, sem grandes sobressaltos, mas com o habitual stress de viajar num machibombo em Moçambique.
Chegando a Nampula, já de noite, ligamos a Selma, amiga do
No dia seguinte as 3 e meia o Sarij foi-nos buscar e levou-nos a estação de Machibombos, desta vez os mais pequenos. Sentamo-nos, as malas foram para cima do machibombo e arrancamos passados uns minutos, tudo corria bem. Até Pemba a viagem foi mais descansada, menos gente, menos confusão, paragens mais rápidas, concluindo uma viagem bem mais confortável e rápida.
Por volta das 10 horas começamos a ver no horizonte o que parecia o mar, ou uma baia, nessa altura já sorriamos, estávamos a chegar a Pemba. Demoramos mais uma hora, hora e meia até sair.
Já com as malas na mão e fora do Machibombo começou-se a aproximar de nós 3 pessoas, o Fernando, a Ursula e a Raquel que nos receberam calorosamente. O Fernando já todos conhecem, esteve em Maputo com alguns voluntários da ataca no verão passado e com a Elizabete em Pemba, a Ursula e a Raquel são duas voluntárias, uma espanhola e a outra do Peru, que estão em Pemba.
Pousamos as malas nos nossos quartos, conhecemos o Ir. Godinho e o Padre Zé e fomos almoçar. Finalmente uma refeição em condições desde que saímos de Quelimane. De tarde fomos dar uma volta pela cidade, conhecemos a
Irmã Marta, Fernando, Teles (escondido) e Fred
Nesse dia pouco mais fizemos, a não ser combinar uns detalhes do trabalho com o Fernando e relaxar um bocado. No dia seguinte começaria o trabalho a sério.
Segunda-feira
Na segunda-feira fomos com a
Depois de almoço fomos dar uma volta pela cidade para a ficar a conhecer um pouco melhor e para comprarmos algumas coisas essenciais, credito para o telemóvel, uns cadernos umas folhas, etc..
Como é óbvio não nos podíamos esquecer das crianças que já estão no projecto e apadrinhadas, aqui chamadas de atacas, a quem começamos por recolher fotografias, uns desenhos, e mais algumas coisas. Aproveitamos também para ir aos ficheiros das crianças que não fazem parte da nossa base de dados, copiar algumas informações, como o nome, o nome dos pais, etc., para que a recolha de informações nas entrevistas seja mais fácil e eficaz. Enquanto fazíamos isto, as outras crianças todas pediam-nos para tirar algumas fotografias, já que atrás de cada flash aparece uma multidão de crianças.
Margarida na Escolinha de Natite
Depois de termos feito o que nos tínhamos proposto para esse dia, enquanto esperávamos pela nossa boleia, com as crianças fizemos o jogo do lencinho e modelagem com plasticina, em que todas as crianças fizeram bonecos, bolas, cobras, caracóis, etc.
Quando a nossa boleia chegou fomos para casa almoçar.
De tarde fomos a Cariacó, falar com as monitoras, a directora e consultar o ficheiro das crianças, como tínhamos feito de manhã.
Ao fim da tarde fomos para casa, jantamos e a noite fomos ao fantástico restaurante do Sr. Armando, onde bebemos um café expresso, bebemos uma coca-cola, sentados na mesa do dono do restaurante a ouvir as suas muitas histórias.
Quarta-feira
Quarta-feira foi o dia mais duro até agora, de manhã a recolha de informação em Lióce, o Teles e o Fernando foram mais uma vez ao ficheiro, desta vez de mais de 100 crianças, copiar o nome, nome dos pais, etc., e tiveram a falar com as monitoras e directora.
O Fred e a Margarida tiveram a tirar fotografias as crianças já apadrinhadas pela ataca, a fazer um desenho com elas. Passamos ainda por Cariacó onde fizemos a mesma coisa que em Lioce.
Depois de almoço ficou decidido que o Fred e a Margarida ficariam em casa, o Fred para organizar as centenas de fotografias novas que tiramos e introduzir na base de dados novas crianças e a Margarida a preparar as actividades que vai fazer com as crianças. Enquanto isso o Teles e o Fernando foram a Natite fazer a pré-recolha de informações tendo chegado a casa já tarde e cansados.
Parece pouca coisa, mas na realidade é muita e dá trabalho e é para isso que cá estamos.
Este texto foi escrito pelos 3 voluntários que estão em Pemba e queríamos agradecer a ajuda essencial do Fernando e a oportunidade que a ataca nos deu.
Fred, Teles e Margarida
Olá amigos!!Como está tudo aípor Pemba?Em Quelimane está tudo óptimo mas já temos saudades vossas.
Queria dizer o quanto me orgulho por fazer parte de uma equipa com pessoas como vocês porque embora longe estamos todos juntos no mesmo.
Bom trabalho e beijos grandes
Estamos Juntos!