As visitas aos bairros, mais especificamente às casas das famílias que a ataca apoia, foi sem dúvida um trabalho bastante intenso e gratificante.
Foram duas semanas em que conheci pessoalmente cada mamã (ou papá) e a maior parte das “nossas” crianças. Estes dias permitiram-me conhecer, um pouco melhor, esta cultura que tem tanto de maravilhoso como de inquietante.
Apesar de não ter tido o privilégio de ver a evolução de cada família desde que a ataca as apoia, isso sente-se. Sente-se toda a gratidão em cada olhar, em casa sorriso, em cada obrigada. E como é bom ouvir o Evaristo (colaborador local) confirmar dizendo “sim, a ataca já tirou muitas famílias do buraco em que estavam”.
Foram dias de aprendizagem, de ensino, de risos, de silêncio, de reflexão e de partilha. Dias em que, em cada visita, cada um nós tentava sempre melhorar, de forma a ajudar mais e melhor cada criança.
Além do apoio económico, é fundamental estimular e promover a importância da educação e da criação de um negócio próprio (de carvão, batata ou mesmo táxi-bicicleta por exemplo), para que a família alcance a sua independência económica o mais rápido possível.
As crianças são o futuro e é urgente que o futuro neste país comece a ser sustentável para que, aos poucos, algo comece a mudar.
Mesmo quando as visitas se estendiam até mais tarde, nunca faltou boa energia pois também a Natureza deste país brindava-nos com paisagens indescritíveis.
E o quão maravilhoso é estar dentro de um bairro durante um pôr-do-sol e sentir: Eu estou em África!
E ao final do dia… Depois de tantos quilómetros de bicicleta sob sol e chuva (e que bem que sabia!) e de alguns percalços com as mesmas (nada que não se resolva em 5 minutos numa das muitas “oficinas” ao virar da esquina), chego a casa exausta.
Exausta fisicamente pois a minha alma e o meu coração estão cheios.
Estamos juntos. E juntos somos mais.
Ana Oliveira
Quero dar-vos os parabéns pelo vosso excelente trabalho!! continuem com ele e já sabem que aqui em Portugal estamos a torcer por vocês!
Beijinho para as quatro,
Francisca
Ana,
Obrigada por estares tão atenta, obrigada por sentires como sentimos: só com a promoção do enriquecimento pessoal será possível ver as coisas a mudar…
Os(as) nossos(as) voluntários(as)no terreno têm sido excepcionais, porque não se preocupam só com o facto de dar de "comer", preocupam-se com o "ensinar a pescar"…
Que bom esse cansaço físico que enche o espírito com tanta intensidade!
Um bem haja a todos/todas.
Um abraço daqueles mesmo bons para cada uma das voluntárias, para o Evaristo e o Melo, para a Irmã Idalina e para cada uma das nossas crianças das
Sisters, também conhecidas por aí como tia Tita e tia Mena 🙂