País do calor, do movimento, tanto pelo trânsito frenético como pela quantidade de pessoas que andam pelas ruas. Sem esquecer a tão fantástica maneira que homens e mulheres abanam todo o corpo, ao som dos seus ritmos intensos.

Das “boas vindas”, como nos dizem quando passamos na rua e país da amizade: “amiga!”, uma das várias maneiras que os locais utilizam para nos abordar.

Mil cores, cheiros, sons no mercado que nos “atropela” com variedades de peixes, legumes, frutos e muitas outras coisas que tenhamos necessidade – especiarias, canetas, cadernos, pilhas – num ambiente contagiante.

Povo humilde, que vai vivendo o dia-a-dia consoante o seu próprio ritmo… Mas, sempre sorridente! Não existe futuro…somente presente.
Mas, como será possível não haver futuro para este povo, que de forma constante se apresenta de bem com a vida? O que nos faz (re) pensar, (re) organizar tudo o que adquirimos na nossa vida Portuguesa ….. porque agora a vida é Moçambicana. Para praticar o bem, colocarmo-nos no lugar do outro!

Na Casa Esperança, ficamos absorvidos pelos cantares das crianças, que tão bem entraram nos nossos ouvidos: “onde está a amizade alô, alô”.

Passeio incrível o que realizamos quando vamos aos bairros visitar as famílias. Não é um impacto fácil, pelas condições comunitárias que existem para as pessoas viverem ou sobreviverem? Mas, apesar deste cenário o bom acolhimento permanece, a música não pára; as crianças correm atrás de nós com sorrisos rasgados e olhares brilhantes, que são o sinal de estarmos aqui. Na conversa com as mamãs, é bom perceber que com o contributo da ataca (voluntários e tutores) estas famílias começam a implementar pequenas/grandes mudanças na sua dinâmica.

Gratificante é, também, na entrega do dinheiro às mamãs perceber que algumas já conseguem compreender como devem gerir o dinheiro que recebem e pensar o que fazer no futuro… E felizes por estarmos ao lado delas.

Dia após dia, naturalmente, vamos entrando numa nova vida!

E fico a pensar como será possível este povo ter sido “rejeitado” por direitos humanos e fundamentais? E por milhares de pessoas que ignoram os modos de vida existentes a milhares de quilómetros de distância. Mas…. a Humanidade não se desenvolve sozinha!

Beijinhos e abraços,
Até breve!

Rita Castro Meneses

6 Responses to Mil cores, cheiros, sons… Moçambique!
  1. Olà Rita,

    Sucesso para a Missão! Nesta fase inicial e simples o meu desejo, assim como são simples as necessidades do povo que estas a ajudar!

    Keep that in mind.

    Miguel F.

  2. Muito bonito Rita!
    Gostei muito do que dizes "Para praticar o bem, colocarmo-nos no lugar do outro!"
    Desejo-vos, a nova equipa em acção, a melhor das sortes! Que consigam manter e desenvolver o trabalho da ataca!
    Beijinhos e abraços
    joao

  3. Ameiiii, Ritinha!
    Um grande beijinho tb ao Duarte:)
    Ângela.

  4. Olá "mega" voluntários 🙂

    O prometido é devido, hem D. Rita! Tal como prometeste, começaste deste logo a escrever…
    E, como não podia deixar de ser, já foste conquistada e estás "entrosada"!

    "…a Humanidade não se desenvolve sozinha!", é verdade, mas com a vossa ajuda vai com toda a certeza dar um passo mais em frente 🙂

    Esperamos que o vosso exemplo possa levar tantos outros jovens a ter vontade de ajudar o outro, a colocar-se no seu lugar e agir… pensamos que o voluntariado poderá dar origem a um novo paradigma, quem sabe agora a humanidade recomece a ter valores espirituais, deixando para trás os valores materiais que tanto caracterizam a sociedade dos últimos tempos!

    Um bem haja a todos os jovens como vocês.

    Um abraço do tamanho do mundo, daqueles mesmo, mesmo bons das

    Sisters

  5. "Se fizeres um bem a alguém, atira a memória desse benefício para o fundo do mar. Se os peixes a engolirem, Deus se lembrará dela."

    Muito sucesso para a vossa missão! Espero que te sintas cheia dos bons resultados que vocês vão conseguir!

    Um abraço e beijinho!!
    Adriana

  6. O PTàD Portugal já sente a tua falta! Mas agradece a tua colaboração desde aí 😉

    Gostei do texto, continua a escrever, é bom ter o vosso feedback.

    Beijinhos e bom trabalho,

    Luís


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