Uma missão em Moçambique através da ataca, é muito mais que simplesmente o trabalho do PtàD. As pessoas que apoiamos, na maioria das vezes, não acreditam no seu valor e, estão constantemente, a agradecer-nos por tudo aquilo que fazemos por elas. O que elas não sabem é que nos dão muito mais do que aquilo que recebem de nós…A sua maneira de estar e de viver faz-nos perceber que se calhar não somos nós que vivemos numa sociedade “correcta” e que se calhar nós nem sequer sabemos bem o que estamos realmente a fazer. Foi a sua pureza que me fez ver o quanto errados estamos, o quanto materialistas somos, o quanto infelizes somos! Mesmo com pouco que comer e pouca água para beber, esta gente tão pura e singela, oferece-nos um sorriso sempre que nos encontra, oferece-nos uma música para dançar, oferece-nos comida para comer e uma esteira para sentar…

Por isso, apesar de sentir que o nosso trabalho, os donativos dos nossos tutores e a nossa associação Ataca têm um papel predominante na vida das crianças que apoiamos, nunca poderia deixar de agradecer a quem tanto me fez bem, a quem tanto me fez crescer e sorrir durante estes meses. É por causa destas pessoas que o meu pensamento e coração continuam em Moçambique e por lá estarão muito tempo.

E assim, regresso a Portugal, com pensamentos novos, ideias novas, vontades novas…Regresso com saudades de tudo que ficou por lá e de todos aqueles que estiveram e passaram pelo meu caminho…!Ao Evaristo e ao Melo, nossos colaboradores locais, gostava de dizer que sem eles nada seria possível e que esta missão não teria tido tamanho impacto sem a dedicação e motivação que mostram diariamente. E por último, deixar um beijinho a quem me acompanhou sempre, à minha colega, amiga e irmã de missão, Isabel Fernandes e porque não há palavras fica apenas um kanimambo (obrigada).

Para todos que ficam por Moçambique, apenas digo “até manguana” (até amanhã)…

Mónica Correia

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