Quando decidi fazer voluntariado fi-lo porque considerei que poderia dar muito mais aos outros, do que realmente estava a dar. E este sentimento prolongou-se, além fronteiras, quando percebi que o Mundo é um só e que, de certa forma, estamos todos inter-ligados. Tornou-se numa decisão mais sólida quando conheci os pressupostos da ataca – e aqui está outro motivo que me impeliu a fazer voluntariado: acreditar na causa!
O que me leva a escrever hoje é o facto de dar por mim a pensar que, durante o voluntariado que fiz em Portugal, pensava saber o que me motivava de verdade… mas, afinal não o sabia…
Quando decidi vir, continuava a ser pela causa… Mas, até chegar aqui a causa é abstracta. “Combater a pobreza extrema”, “crianças carenciadas”… Afinal, o que é? O que são?
As “crianças carenciadas” são meninos e meninas que quando chove, a chuva entra dentro de casa, meninos e meninas que não têm um quarto só seu, que usam a mesma roupa até não se notar a cor, que andam descalças por não terem sapatos, que não comem por não haver “mola” (dinheiro) para comprar alimentos; meninos e meninas que não vão à escola… Meninos e meninas que, quando começam a usufruir de apoios como os da ataca, passam a ter as condições necessárias para ir à escola – um passo de grande importância para o seu futuro – começam a andar calçadas, começam a ter o que comer… Pouco a pouco começam a ter condições dignas de sobrevivência, que se trabalhará para evoluir até condições dignas de Vida!
O que realmente motiva, o que realmente faz sentido é estar em contacto, em convivência com as pessoas! A importância do voluntário estar no terreno é partilhar o contexto das pessoas apoiadas. De meros nomes, meros conceitos passam a realidades concretas – são pessoas com rosto e traçadas por inúmeras vicissitudes. E se nomes e conceitos podemos esquecer… Pessoas, jamais!
Beijinhos e abraços,
Até breve!
Rita Castro Meneses
Olá Rita!
Gostei muito do teu blogue! Força aí!
beijinho,
João
Olá Rita,
Fico contente por estares motivada para actividade voluntária que estás a desenvolver!
Bjs,
Miguel F.
Rita!
As pessoas seriam bem mais felizes se se centrassem mais nos outros do que em si mesmas…
Nós sabemos quanto cada um de vocês se sente feliz cada vez que recebe um sorriso de volta e cada vez que sente que uma família faz uma conquista!
Temos ou não razão?
Ter experiências que nos levem a sentir este tipo de felicidade que nos "enche"!!!… deveria fazer parte do programa de educação de todos os países: já aprendemos a raciocinar, a adquirir conhecimentos, a ter hábitos saudáveis, a ser competitivos… temos que crescer noutro sentido!
Obrigada a todos os que ajudam a ataca a ajudar!
Um abraço daqueles mesmo bons para os voluntários, para o Melo e o Evaristo, para as nossas crianças e para a Irmã Idalina das
Sisters
"O Amor é a única coisa que cresce à medida que se reparte".
O pequeno príncipe(Antoine de Saint-Exupéry)