ESCOLA PATRICE LUMUMBA – QUELIMANE
A Escola Secundária Geral Patrice Lumumba situa-se em Quelimane e recebe, ao nível do ensino básico e secundário, alunos provenientes de diversas escolas da cidade e zonas periféricas. Do ponto de vista socioeconómico, integra alunos de estratos diferenciados. Muitos pais trabalham na função pública e nos serviços e entre as mães há uma percentagem considerável que desempenha atividades domésticas. Nesta instituição, a ATACA apoia, desde 2017, alunos provenientes de famílias com baixos recursos.
A bolsa anual é constituída essencialmente por material escolar e uniformes, havendo também isenção de taxas a pagar na escola e a possibilidade de acesso a uma biblioteca com computadores e internet.
O futuro dos jovens da Escola Patrice Lumumba poderá passar por se candidatarem a uma formação técnica ou universitária depois da conclusão do ensino secundário, usufruindo da qualidade do ensino desta escola que lhes dá uma preparação superior à de outras instituições de ensino.
ESCOLA DE SANTA TERESINHA – CHEMBA
Chemba é uma zona rural e remota, onde as necessidades se multiplicam e o acesso à educação é um desafio para a maior parte dos jovens, pois muitos vivem a 60 ou 70 km da escola mais próxima.
Chemba fica já na Província de Sofala e tem uma escola comunitária de nome Santa Teresinha, que funciona desde a 8ª até à 12ª classe, com cerca de 800 alunos.
Perto da escola existem dois internatos: um para rapazes e outro para meninas, sendo geridos, respetivamente, por padres e por irmãs. O internato masculino funciona desde 2003 e o feminino desde 2014. Há uma carpintaria e aqui ensinam os jovens a trabalhar a madeira. O valor que os alunos pagam não cobre as despesas anuais com alimentação, higiene e alojamento no internato, pois as famílias não têm possibilidade de contribuir com muito dinheiro, por isso é necessário garantir apoios externos, mas os que existem são poucos.
No terreno da escola há pequenas casas – “palhotas” – feitas em capim pelos estudantes que vivem muito longe e não conseguem vaga ou pagar o internato. Estas palhotas vão ficando de ano para ano para quem for para a escola estudar e não tenha onde ficar. Estes alunos usam as instalações sanitárias do internato para a higiene pessoal e os que vivem mais perto vão a casa ao fim-de-semana – os outros, só conseguem ir nas férias, mas por vezes nem nessa altura. De casa trazem alimentos para cozinhar as suas refeições durante a semana, mas nem sempre o que as famílias produzem nas machambas (terreno agrícola) é suficiente para a alimentação dos jovens.
Foi precisamente por estes jovens que a ATACA começou o seu apoio, apenas em 2021-2022, mas os planos para o futuro passam pelo crescimento da intervenção nesta comunidade.