Quelimane

Aldeia da Paz

A Aldeia da Paz é um orfanato para raparigas gerido pelas Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição. Situa-se em Quelimane e acolhe 93 meninas, na sua maioria órfãs. As crianças mais novas têm 5 anos e algumas das meninas mais velhas já se encontram a frequentar a Universidade.

Estas crianças chegam à Aldeia da Paz encaminhadas pela Ação Social – que, quando tem crianças sem familiares ou em situações graves, procura inseri-las em centros de acolhimento -ou por meio de particulares que pedem apoio para determinados casos urgentes. As Irmãs vão visitar os familiares antes da integração da criança no orfanato. Por norma, o historial familiar destas meninas é bastante complexo, havendo casos de morte dos pais por HIV, violações, prisão dos progenitores, entre outras.

Todas as crianças em idade escolar frequentam a escola e recebem apoio escolar no orfanato, com um explicador que dá aulas no período da manhã e tarde. As Irmãs também acompanham os estudos e apoiam sempre que é necessário.

O orfanato suporta todos os custos inerentes à educação das meninas e esforça-se para que estas tenham um percurso educativo o mais completo possível. Quando atingem os 18 anos, se são bem comportadas e não têm família próxima (ou se esta não consegue providenciar uma refeição) podem ficar a viver no centro até concluírem os estudos e arranjarem trabalho.

O espaço do orfanato é composto de alguns espaços comuns e de pequenas divisões independentes com vários quartos, onde se misturam crianças de todas as idades, ficando as mais velhas, a par das Irmãs, responsáveis por ajudar as mais novas. As tarefas da casa são divididas entre todas as residentes.

A ATACA contribui financeiramente, através dos donativos dos tutores deste subprojeto, para que as crianças que residem na Aldeia da Paz tenham acesso a alimentação, saúde, educação e vestuário.

 

Lar Usera

O Lar Usera, propriedade da congregação das Religiosas do Amor de Deus, acolhe estudantes na cidade Quelimane. Nasceu no ano 2000 para funcionar como residência de meninas provenientes da escola de Milevane, que dista cerca de 400 km de Quelimane, cujos pais não tinham possibilidades económicas para manter as filhas a estudar. Na altura só existiam duas escolas secundárias na província da Zambézia: em Quelimane e em Mocuba. As meninas vinham para Quelimane para poderem continuar os estudos e as famílias contribuíam com produtos alimentares da machamba.

Ao longo dos anos, os pedidos para as Irmãs acolherem meninas foram crescendo e o espaço do lar foi ampliado. Atualmente, o lar dispõe de duas áreas distintas: uma para crianças da 1ª classe até ao 12º ano e outra para jovens universitárias. Tem capacidade para acolher 36 jovens universitárias e 24 meninas entre a 1ª classe e o 12º ano.

Através do PTàD, a ATACA apoia as meninas que se encontram em situação familiar mais vulnerável.

 

Casa Esperança

A Casa Esperança, foi construída em 1992, acolhe rapazes com falta de condições familiares, sendo a maioria órfãos. Atualmente, acolhe 35 crianças e jovens com idades entre os 6 e os 18 anos. Esta casa é composta por cinco grandes quartos com camaratas, um quarto para o responsável da casa e um quarto para as crianças mais pequenas. Estes rapazes fazem as suas refeições no refeitório com mesas e bancos corridos e podem ver um pouco de televisão. Ao lado, num edifício construído em 2003, encontra-se um grande salão, onde as crianças fazem os trabalhos de casa, estudam e têm explicações.

O apoio prestado pelos tutores às crianças é utilizado para o sustento das mesmas, nas vertentes de alimentação, saúde, educação e vestuário.

No projecto dos internos, para além da recolha de informação sobre as crianças para entrega aos tutores, os voluntários da ATACA auxiliam na gestão diária da Casa Esperança e providenciam apoio escolar às crianças.

 

Escola Secundária Amor de Deus

A Escola Secundária Amor de Deus é um estabelecimento do ensino secundário e pré-universitário que, em Janeiro de 2012, entrou em funcionamento na capital provincial da Zambézia, Quelimane, vindo aliviar a pressão que se fazia sentir nas outras escolas do sector público. Esta Instituição é propriedade das missionárias da Congregação do Amor de Deus que, naquele primeiro ano letivo, matriculou 631 jovens.

Edificada no bairro Namuinho, no centro da cidade de Quelimane, a nova escola, uma construção de raiz da Irmãs, comporta 11 salas de aula apetrechadas com 48 carteiras e cadeiras cada, três gabinetes, uma secretaria, três salas de arquivo, uma sala de professores com copa, uma biblioteca com sala de estudo, dois laboratórios de química/biologia, uma sala de informática, um anfiteatro, uma cantina, quatro casas de banho e um campo para jogos. Segundo a Irmã Amparo Hidalgo, Administradora Geral da Congregação das Irmãs do Amor de Deus, trata-se de uma contribuição da igreja católica visando complementar os esforços do governo moçambicano no sector da Educação.

O funcionamento da Escola foi reconhecido e aprovado pelo Ministro da Educação, em Fevereiro daquele ano, assim como pela Equipa de Direção. A Escola trabalha de acordo com os programas do Governo e colabora com as Instituições Sociais que lutam em prol do desenvolvimento.

 

Lar do Livramento

O Lar do Livramento situa-se no centro da cidade de Quelimane e acolhe mais de 100 meninas entre os 6 e os 22 anos. É gerido pela Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, responsável também pelo orfanato Aldeia da Paz, onde a ATACA tem apoiado crianças e jovens através do PTàD.

A missão destas Irmãs em Quelimane já existe desde 1936 e foi acompanhando a evolução da comunidade local, aumentando a sua capacidade de acolhimento em função das necessidades existentes – por exemplo, em virtude das cheias de 2007 muitas famílias ficaram sem casa e foi preciso acolher mais crianças e jovens no lar.

Assim, o lar recebe meninas orfãs ou provenientes de famílias em situação socioeconómica vulnerável e também meninas de agregados familiares com capacidade para pagar a mensalidade.

A ATACA apoia, através dos donativos de tutores, os casos mais vulneráveis, entregando mensalmente donativos em género – sacos de arroz, feijão, farinha de milho, leite, açúcar, peixe e produtos de higiene.