A adaptação em Moçambique custa muito menos que a (re) adaptação em Portugal. Chego a pensar que seja um fenómeno… Como será possível estar seis meses longe de tudo o que temos, de tudo o que tivemos desde que nascemos e não sentir necessidade de voltar para junto de tudo isso?
Após 15dias de regresso compreendo que aqui precisamos de muito para sermos felizes, precisamos de muito para conseguir coisas com valor. Mas, do outro lado da linha, com pouco fazemos muito… E somos felizes em conjunto com um povo, que tem a felicidade como um dom natural, não como uma conquista.
Foi uma experiência de vida e para a vida… Uma experiência intensa e intensiva, que me faz sentir como uma estranha no meu país de origem.
No entanto, muito trabalho há ainda a fazer, para que as pessoas de Moçambique continuem a melhorar a sua qualidade de vida!
Da minha parte estarei disponível para continuar a ajudar a causa da ataca, quer deste lado, quer do outro.
Agora conheci os rostos das pessoas que apoiamos… se algum momento baixar os braços, terei a imagem de todos os rostos que sorriem com a nossa ajuda e, será o suficiente para os erguer novamente. E rostos, não são números!
Juntos fazemos e faremos a diferença!
Beijinhos e Abraços,
Rita Castro Meneses
O que diz é uma grande verdade e a qual senti na pele. Estive seis meses em Moçambique como voluntária,embora a diferença seja que nasci lá,mas esta experiência não tem nada a ver com a minha vivência até à adolescência.
A readaptação a Portugal e a tudo que tem, foi estranhamente muito difícil.Não há palavras para descrever o que os rostos e os olhos daquelas gentes nos transmitem, mas fazem-nos sentir nascer um "bichinho" dentro de nós que nos faz querer lá voltar, mesmo sabendo que partimos para o desconhecido.Isso é o que menos importa, as pessoas sim, esses rostos que ficaram gravados nas nossas mentes com o maior sorriso do mundo como se tivessem tanto como os que aqui choram por quererem isto e o céu também….
É isso mesmo Rita: Juntos fazemos a diferença na vida de tantas famílias!! Depois de estar no terreno, de ver aqueles rostos e de conhecer as suas histórias é que nos consciencializamos mesmo da importância que a ataca tem para aquelas pessoas.
Beijinho grande,
Francisca
Rita!
Como te percebemos… Por vezes é difícil continuar, mas lembrarmo-nos das crianças que conhecemos é o alento que precisamos para não deixar esmorecer o entusiasmo.
Em Moçambique recebemos sorrisos rasgados e abraços sentidos :)pelo mais pequeno gesto que tenhamos… Em Portugal é bem mais difícil. Temos que ter uma disciplina muito grande. Abdicar do tempo pessoal (aquele que sobra depois de uma semana de trabalho) para introduzir dados no computador, para que os tutores tenham notícia das crianças ou então para gerir a falta de dinheiro … não é por acaso que é mais fácil conseguir tutores do que sócios – quem não fica enternecido por ajudar uma criança que de seguida nos devolve um sorriso? É muito mais difícil ser sócio porque não se sente de forma tão intensa e espontânea o retorno que nos "enche" a alma. O "alimento" que precisamos para continuar… para sentirmos que estamos de facto a ajudar!
Sem o trabalho que se realiza por cá, não seria possível conseguir apoiar crianças carenciadas em Moçambique e nós que sabemos isso, que sentimos isso, temos mesmo que continuar.
A vida flui… e por cá ou por lá sabemos que poderemos contar sempre contigo!
Um bem hajas.
Um grande xi das
Sisters