Para um voluntário, a ATACA pode ser um sem fim de coisas. Pode ser o que ela é: um conjunto de pessoas que se propuseram a ajudar a desenvolver, em termos humanos, comunidades em países africanos, a promover o voluntariado e a promover os Direitos Humanos e da Criança. E é-o, com certeza, para todos os voluntários.
Mas a ATACA também pode ser parte importante de um projecto de vida. Pode ser um veículo para a realização de um sonho. Pode ser uma escola, na qual se adquire uma série de novos conhecimentos, se abrem perspectivas e se compreendem novas culturas e novas ideias, se criam novas amizades. Pode ser apenas uma forma de nos sentirmos mais tranquilos e menos responsáveis pelas desigualdades sociais, económicas e de oportunidades que a globalização torna cada vez mais evidentes.
De forma mais concreta, actual e pessoal, ser voluntário da ATACA é contribuir para uma melhor educação, alimentação, higiene e saúde de centenas de crianças directamente, e indirectamente de milhares de moçambicanos. É ter a consciência que uma hora diária de trabalho voluntário proporciona qualidade de vida e abre um sem número de oportunidades a quem não tinha nada disso, nem teria a possibilidade de ter. E ainda saber que, com tudo isto, estamos a aprender, a melhorar, a contribuir para a nossa formação (e porque não dizê-lo, para o nosso currículo). Assim, não são necessárias motivações extra.
E acreditem, quando se vem da sede, à noite, após uma sessão de trabalho, vem-se com um sorriso na cara e na mente, e dorme-se melhor.
Luís Azevedo Maia
- Voluntário da ATACA